Um apanhado da participação de Jacques Fresco e da influência do seu The Venus Project no documentário Zeitgeist 2: Addendum.
O documentário completo e legendado está disponível para download por torrent ou visualização directa em www.zeitgeistmovie.com.
Um e-book gratuito de Jacques Fresco - Designing The Future
4.29.2009
O VALOR DAS COISAS
Um artesão tem uma moeda de um centavo, um clip de metal e um berbequim. O artesão fura a moeda com o berbequim. Abre o clip e enfia-o pelo buraco da moeda. Volta a fechar o clip, ficando a moeda pendurada neste, pelo furo. Acabou de criar um brinco. Repete todo o procedimento, com outra moeda e outro clip. Tem agora dois brincos de um centavo. Quanto podem custar estes brincos?
Um estilista de renome internacional tem uma ideia semelhante, e cria um vestido cuja malha é feita de moedas, como que lantejoulas. Para conseguir este efeito, o estilista utiliza centenas de moedas de um centavo. A pergunta é a mesma. Quanto poderá ele cobrar pelo vestido?
Qual o valor das coisas? Dos materiais? Das ideias? Da mão de obra? Da originalidade? Um centavo vale quanto depois de transformado num acessório de moda?
Quanto custariam umas All Star, cujo o tecido teria estampado o padrão da Louis Vitton? O mesmo que todas as All Star? Mais? Muito mais? O produto é o mesmo. Porque vale um papel de parede com vários "L" e "V" uma exorbitância quando usado em malas de viagem?
Não estou a falar de consumismo. Estou a falar do valor das coisas.
Porque vale o nosso dinheiro a quantia que lhe atribuímos? O que é um Euro? São duzentos escudos? O que é um escudo? Que valor têm as coisas?
Aquele que lhes atribuímos? Mas o que é o valor? É dinheiro? O dinheiro é um valor atribuído. Como atribuir valor através de valor atribuído? Vale mais um litro de água potável ou um quilo de ouro maciço? O ouro dá para rentabilizar, fazer peças de joalharia, botões de punho, relógios, coisas às quais atribuímos mais valor (atribuído) do que a um litro de água, fonte inegável da vida. Claro que num deserto preferíamos a água ao ouro. E mesmo para os mais materialistas, depois de horas a caminhar ao sol do deserto, com o ouro na mão, seria a água que lhes apareceria em alucinações.
Mas longe de mim querer implicar que a água tem mais valor que o ouro. Afinal as coisas têm apenas o valor que lhes damos, lhes atribuímos, como indivíduos, e principalmente como sociedade.
Daqui, seria muito fácil para mim levar a discussão para a morte do sistema monetário. Mas por hoje já questionei o Dogma numa dose razoavelmente perigosa para os vossos sistemas imunitários, meus caros carneiros. O lobo mau despede-se. Pssst, não digam nada ao pastor ;)
Um estilista de renome internacional tem uma ideia semelhante, e cria um vestido cuja malha é feita de moedas, como que lantejoulas. Para conseguir este efeito, o estilista utiliza centenas de moedas de um centavo. A pergunta é a mesma. Quanto poderá ele cobrar pelo vestido?
Qual o valor das coisas? Dos materiais? Das ideias? Da mão de obra? Da originalidade? Um centavo vale quanto depois de transformado num acessório de moda?
Quanto custariam umas All Star, cujo o tecido teria estampado o padrão da Louis Vitton? O mesmo que todas as All Star? Mais? Muito mais? O produto é o mesmo. Porque vale um papel de parede com vários "L" e "V" uma exorbitância quando usado em malas de viagem?
Não estou a falar de consumismo. Estou a falar do valor das coisas.
Porque vale o nosso dinheiro a quantia que lhe atribuímos? O que é um Euro? São duzentos escudos? O que é um escudo? Que valor têm as coisas?
Aquele que lhes atribuímos? Mas o que é o valor? É dinheiro? O dinheiro é um valor atribuído. Como atribuir valor através de valor atribuído? Vale mais um litro de água potável ou um quilo de ouro maciço? O ouro dá para rentabilizar, fazer peças de joalharia, botões de punho, relógios, coisas às quais atribuímos mais valor (atribuído) do que a um litro de água, fonte inegável da vida. Claro que num deserto preferíamos a água ao ouro. E mesmo para os mais materialistas, depois de horas a caminhar ao sol do deserto, com o ouro na mão, seria a água que lhes apareceria em alucinações.
Mas longe de mim querer implicar que a água tem mais valor que o ouro. Afinal as coisas têm apenas o valor que lhes damos, lhes atribuímos, como indivíduos, e principalmente como sociedade.
Daqui, seria muito fácil para mim levar a discussão para a morte do sistema monetário. Mas por hoje já questionei o Dogma numa dose razoavelmente perigosa para os vossos sistemas imunitários, meus caros carneiros. O lobo mau despede-se. Pssst, não digam nada ao pastor ;)
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