12.10.2008

A TERRA PROMETIDA (PARTE 1)

Como pode um ateu como eu acreditar na Terra Prometida? É simples. A Terra Prometida não existe... ainda! O que quer isto dizer? Que chegará quando Israel e a Palestina atingirem total coexistênca pacífica? Não. Então é quando Jerusalém for totalmente judaica? Também não. Tem pelo menos alguma coisa a ver com o estado de Israel ou as escrituras? Nadinha.

Nunca gostei da série "X Files", mas sempre me intrigou o seu subtítulo "the truth is out there". É um facto, a verdade existe, e anda aí. Mas quase ninguém a percepciona (ou procura). Para exemplificar, ninguém relacionará este post com o filme épico de Ridley Scott "Kindom of Heaven" (e porque haveriam? só porque fala da terra prometida?). A quem já viu o filme, recomendo vivamente a versão do realizador (Director's Cut). Se nunca viram, não se incomodem com a versão dos cinemas. Comecemos pelo título. "Kingdom of Heaven", o Reino dos Céus. Que reino é este? dos céus. "It's a kingdom of conscience... or nothing", é dito no filme, um reino de consciência. Sim, e então? No filme, o reino de Jerusalém é um reino em que cristãos, judeus e muçulmanos vivem em paz e total harmonia. Então é Jerusalém? A Terra Prometida não é um lugar, mas uma ideia, um conceito por enquanto). Sim, mas não exclusivamente relativo à questão da paz no médio oriente, de todo. A Terra Prometida existe? Em teoria sim. "Ah, sei, é Israel." Não, porra!!!

A Terra Prometida não é um terreno. O Reino dos Céus não tem localização geográfica específica. A Terra Prometida está nos confins do futuro, tão longe daquilo que somos hoje, mas ao mesmo tempo tão perto das nossas potencialidades. The Venus Project trabalha nesse sentido, ou melhor, constroi a ponte, a transição deste nosso moderno atraso para uma atitude comtemporânea ao futuro. Repensar a nossa sociedade é meio caminho andado. Minto. Repensar este modelo de sociedade actual é simplesmente adiar o problema, e exponencialmente multiplicá-lo. Que podemos então fazer?

O espírito é um navio. Se encalhado na areia deteriora-se, enferruja, apodrece. Há que, primeiro que tudo, reconstruí-lo, de tudo o que nos foi ensinado até hoje, restaurá-lo da erosão da sociedade com auto-elucidação, auto-didatismo, descartar a auto-aceitação. Só assim o nosso navio poderá voltar ao mar, retomar a rota da evolução, abandonada e perdida no século XIX. Só assim poderemos descobrir novos mares, "nunca dantes navegados". E o que nos impede? Somos a nossa própria amarra, a nossa própria prisão.

E a verdade é que não há prisão. Apenas nós.

"Try to realize the truth. There is no spoon"

12.08.2008

ZEITGEIST: ADDENDUM

Porque a verdade vem sempre em fascículos, chega agora a segunda parte do documentário mais revelador de sempre. Podes vê-lo em streaming legendado em português aqui, ou podes fazer o download via torrent aqui. É meu dever avisar-te que, tal como com o comprimido vermelho, depois de veres Zeitgeist: Addendum não podes voltar atrás. Absolutamente não recomendado a carneiros (não, não é o signo do zodíaco).

Lucia no Céu com Brincos de Pechisbeque

é com alguma surpresa que tenho assistido nos últimos anos não apenas ao crescimento da popularidade de Luciana Abreu como também do seu portentoso par de mamocas. Não que Luciana não tenha talentos, que tem, estão é escondidos por baixo daquelas mamocas que aos Sábados e Domingos de manhã me invadem o ecrã de televisão quando descubro que me masturbei talvez demasiadas vezes a pensar nas mesmas pessoas. Mas Luciana não é apenas um fenómeno masturbatório infantil - será também ela uma rapariga de grande simpatia, tão grande pelo menos quanto as suas mamocas. E pela quantidade de vezes que já escrevi a palavra mamocas neste texto parece-me que o blogue vai comecar a ter muito mais visitas dentro de pouco tempo. Mas continuando com Luciana, o que é o Programa da Lucy? Eu arriscaria dizer que é um estranho subtipo de Bueréré (do tempo da Ana Malhoa, não da Ana Marques, santa mãezinha!) mas em que os garotos não aprendem rigorosamente nada. Porque convenhamos, enquanto a sodona Ana Malhoa abanava as mamocas (cá estamos nós outra vez) ao som da musica do genérico pelo menos tinha a amabilidade de nos ensinar o AEIOU. Portanto, enquanto que no programa apresentado por Ana Malhoa as mamocas andavam de mãos dadas com a pedagogia, no programa de Lucy as mamocas andam de mãos dadas com a parvoice. Não que eu goste muito de ser nostálgico, mas acho que prefiro a homossexualidade de Egas e Becas e a penugem amarelo-irritante de Poupas ás mamocas de Luciana. é que sinceramente, há necessidade de atormentar os rapazes mais novos com mamocas em tão tenra idade quando toda a gente sabe que a partir da adolescencia eles não vão ser capazes de pensar em nenhuma outra coisa? Pelo menos acho que é de aproveitar enquanto os homens não são tarados sexuais para lhes ensinar alguma coisa, tipo abecedário ou assim. Isto porque Lucy dança. E dança. E dança. E dança. As pilhas Duracell duram e duram, Lucy dança e dança. Incentivar os garotos a ser gente minimamente esperta e não como os pais, que votam no Sócrates, talvez não fosse assim tão má ideia. Mas isto sou eu que digo.